Desde o mês de março, o Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensinos de Anápolis (SINPMA) tem feito vários ofícios, produziu um requerimento e, inclusive, solicitou a criação do Comitê de Crise da Educação, pois a administração municipal não se pronunciava e o tempo só estava passando. A estagnação estava se tornando realidade e foi preciso provocar a Administração Municipal a pensar e encarar o processo educacional frente à Covid-19.

Não bastasse toda essa luta para que entendessem que algo precisava ser feito e que ficar parados vendo o tempo passar nunca foi solução para nada, a Secretaria Municipal de Educação comunicou que o retorno das aulas de forma remota iria acontecer, porém com a presença dos professores em sala de aula, gerando estranheza de todos, principalmente não tendo o aval da Vigilância Sanitária, um respaldo técnico para tal atitude.

Mais uma vez a união fez a força e com a representatividade da categoria, que cabe ao SINPMA, não poupou esforços para se colocar contra essa medida e cobrar respostas por parte da Administração Municipal, tanto no quesito educacional e também no aspecto da saúde dos servidores envolvidos.

A Comissão de Educação da Câmara Municipal também se posicionou contra essa medida e um documento com a assinatura dos vereadores foi colhida e apresentada à Prefeitura.

Segundo a presidente do SINPMA, profª Márcia Abdala, o primeiro documento que foi encaminhado para as escolas constava que o trabalho dos professores seria em regime de home-office, porém o que foi anunciado pela Administração Municipal essa semana, foi quanto a presença dos professores nas unidades escolares.

“Nos unimos, questionamos, lutamos e agora não haverá deslocamento dos professores para as unidades escolares para cumprirem com a sua carga horária e voltar às aulas. Essa semana será decisiva para sabermos como de fato a Secretaria Municipal de Educação formatará o projeto da volta às aulas e comunicar a comunidade escolar. A previsão é de início das aulas na próxima segunda-feira (08/06)”, explicou a presidente do SINPMA.

Anápolis, 03 de junho de 2020

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